sábado, 14 de agosto de 2010

Almoço de 15 de Agosto na RTP2



"Gianni é um homem de meia-idade, filho único, que vive com a mãe viúva numa velha casa no centro de Roma. A mãe é uma aristocrata em decadência que trata o filho como se este fosse seu empregado. Por isso Gianni ocupa o seu dia a fazer-lhe as tarefas domésticas e as refeições. Gianni tem algumas dívidas e não tem vindo a pagar a renda do apartamento. O administrador, percebendo esta situação, sugere um pacto: cancelará algumas destas dívidas se Gianni receber a sua mãe para o almoço de 15 de Agosto (feriado dedicado à família em Itália). Gianni vê-se forçado a aceitar... Contudo, com a mãe, vem também a tia. Ao saber disto, o seu médico pede-lhe também que receba a sua idosa mãe. Gianni fica assim com a casa repleta de velhinhas a quem terá de servir o almoço de 15 de Agosto."

Mais logo ás 22.40!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

domingo, 8 de agosto de 2010

Alfarrabistas da Baixa do Porto


"Em busca das raridades perdidas no Porto


Na baixa do Porto há alfarrabistas para todos os gostos e carteiras: livros dos 25 cêntimos aos 25 mil euros, da relíquia quinhentista ao Tintim

Têm obras para todos os gostos e feitios. São cerca de 30 os livreiros e alfarrabistas (muitos separados por alguns passos) que "paginam" a Baixa do Porto. Se em vez da praia preferir comprar ou vender um livro usado, saia de casa e calcorreie os paralelos. Encontrará livros a 25 e 50 cêntimos e preciosidades de 25 mil euros. Desde forais quinhentistas a Bíblias ilustradas e autobiografias musicais: é entrar e escolher. O i deixa-lhe algumas sugestões.

Académica Abriu em 1912 e guarda perto de 100 mil volumes. Predomina a literatura, mas também encontra obras de história, arte, localidades e genealogia. Em várias línguas. Os preços variam entre os 2,5 euros se quiser saber mais sobre o império dos Mongóis, por exemplo, e os 25 mil euros do Foral de S. João da Pesqueira, entregue por D. Manuel I em 1510. A sugestão do proprietário, Nuno Cadavez, é uma colecção completa (a 15 mil euros) com 56 números da revista "Presença", dos anos 20.

Livros e Coisas O nome deste alfarrabista diz tudo. Aqui vende-se tudo, diz o dono. "Raridades e livros antigos" de todas as áreas, mas também mobiliário, objectos decorativos, gravuras e quadros. O mais raro que passou pelas mãos de João Falcão foi uma primeira edição (1589) de "Diálogos de Dom Frei Amador Arraiz - Bispo de Portalegre". Quem procurar relíquias ainda pode espreitar a primeira edição de um Dicionário de Teologia (1718) de Bergier.

TimTim Por TimTim É fã de banda desenhada? Vá à TimTim Por TimTim e perca-se em mundos aos quadradinhos de todos os géneros. Descubra Tintim, o famoso repórter criado por Hergé, ou outra personagem que povoe o seu imaginário. Atente no menos acessível, como o exemplar de "Le Petit Vingtième", onde surge pela primeira vez "As Aventuras de Tintim", ou ainda a colecção "Grilo", dos anos 50.

Lumière Em plena Travessa de Cedofeita encontra "livros que já não vê nas livrarias de livros novos", comenta Alexandra Ribeiro. Obras de autores portugueses, de história, teatro e poesia. Entre, beba um café, mexa à vontade nas estantes e se quiser sente-se no chão. Note que não há apenas livros neste alfarrabista: repare nos discos de vinil, cadernetas de cromos antigas e BD. Há pechinchas menos procuradas desde "25 e 50 cêntimos", como um "Encontro de Reflexão Política". E raridades como uma "Bíblia Raphaelis" de 1790, toda em gravuras.

Poetria Esta livraria reúne nomes grandes da poesia e do teatro. Obras teatrais levam-nos a Brecht, Beckett, Nelson Rodrigues e Jacinto Lucas Pires. Já Fernando Pessoa, António Nobre, Camões e Teixeira de Pascoaes oferecem poemas. A especialização surge como "contraponto à globalização", explica a proprietária Dina Silva. Neste espaço ainda há obras "difíceis de encontrar", como "Dos Líquidos", de Daniel Faria.

Livraria Vieira Ao passar na Rua das Oliveiras é capaz de se aperceber de um caixote à porta deste alfarrabista, sempre repleto de livros baratos (literatura, arte, história, etc.), desde um euro. Pode levar postais antigos e até jornais (abriu originalmente como tabacaria e livraria). Se gostar dos autores tradicionais escolha um Camilo ou um Eça, mas se preferir letras musicadas pegue em "Take It Like a Man", autobiografia de Boy George. Já que está na Praça Carlos Alberto, aproveite e visite a Livraria Lello, que tem barbas mais compridas que muitos alfarrabistas. Inaugurou em 1881 e instalou-se na Rua das Carmelitas em 1906. Goza de madeiras imponentes e escadas principescas, embora "o rei seja o cliente", explica Antero Braga. A oferta é "multifacetada", não se vendem só bestsellers. Folheie a edição especial (esgotada) de "Os Lusíadas" ilustrada pelo pintor Gouveia Portuense."

Artigo de Pedro José Barros, in I