sábado, 25 de outubro de 2008

Theatro Circo

Ainda há umas horas falei aqui do Theatro Circo, e nem de propósito!:

"Já há um retrato do público do Theatro Circo: são as mulheres, os jovens e os bracarenses quem mais frequenta a sala de espectáculos. Os dados fazem parte de um estudo realizado, no ano passado, pela Universidade do Minho (UM). A dois dias de cumprir os primeiros dois anos desde a reabertura, o teatro já recebeu cerca de 150 mil pessoas nos seus dois palcos.
O estudo da UM, encomendado pelo Theatro Circo (TC), e que será apresentado em breve ao conselho de administração, revela que o seu público é maioritariamente feminino: 57 por cento dos espectadores. Há também um predomínio dos espectadores jovens - 42 por cento dos que o visitaram têm entre 21 e 30 anos e apenas 10 por cento tem mais de 40.
A esmagadora maioria dos que assistem aos espectáculos na sala bracarense são "vizinhos". O estudo da UM mostra que 67 por cento dos espectadores vivem em Braga. O Porto aparece em segundo lugar (7,2 por cento), seguindo-se Guimarães (2,9).
Paulo Brandão, o programador do TC, não está surpreendido com os números. "A maior presença de mulheres é notória. Penso que têm outro tipo de apetências", explica. Brandão sabe também por que é que o público do TC é maioritariamente jovem: "Braga é uma das cidades mais jovens do país e, apesar de haver uma ideia feita de que a universidade está distanciada da cidade, penso que não é verdade." Os números dão-lhe razão: 22 por cento dos espectadores são estudantes, revela o estudo.
No primeiro ano de funcionamento, o Theatro recebeu, além dos 750 mil euros anuais destinados pela Câmara de Braga, um apoio do Programa Operacional de Cultura. Esse facto, permitiu "trabalhar de uma forma muito diferente", recorda Paulo Brandão. Mas, com o fim do apoio do Estado, dois anos depois da reabertura, debate-se com problemas orçamentais, que levaram a um emagrecimento da estrutura. "A administração achou que havia lugar para alguma contenção de custos e tiveram que sair algumas pessoas. Gostaria que fosse de forma diferente", lamenta Paulo Brandão.
A programação também se ressentiu. Os grandes nomes internacionais, que marcaram os primeiros tempos do "novo" Circo, praticamente desapareceram da programação nos últimos meses e o festival do burlesco Burla, um evento único na Europa, que foi uma forte aposta em 2007, regressa no próximo mês, mas em versão reduzida: são apenas dois espectáculos, metade dos que foram programados no ano passado.
"Gostaria de ter um orçamento melhor que nos permitisse outra liberdade a nível de programação e de gestão de pessoal", salienta o director artístico. Mas Paulo Brandão diz que trabalha com aquilo que lhe é permitido e, nesse sentido, está "satisfeito com a programação" do Circo."

in Público

1 comentário:

sombra_arredia disse...

E foi aí nesse Teatro que vi pla 1ª vez ao vivo um filme do M.Oliveira ehheeh